sexta-feira, 19 de agosto de 2016

O VÔLEI DE PRAIA DO BRASIL É OURO OLIMPICO RIO 2016

Alison e Bruno Schmidt deram uma demonstração da união da equipe, ouro na madrugada desta sexta-feira (19.08) ao vencerem os italianos Nicolai e Lupo na final dos Jogos do Rio. A parceria encomendou uma réplica da medalha dourada e ofereceu ao treinador Leandro Andreão, o ‘Brachola’, durante coletiva na casa do Time Brasil, nesta manhã. O capixaba e o brasiliense também falaram sobre o caminho até a conquista.

O sentimento de gratidão e orgulho foi presente durante o encontro com os jornalistas. Alison fez questão de elogiar o trabalho e comprometimento dos integrantes da comissão técnica, que possui 15 pessoas, além de agradecer ao apoio da Confederação Brasileira de Voleibol e do Comitê Olímpico do Brasil no ciclo olímpico.

"Nossa equipe não entra em quadra, mas trabalhamos com 15 pessoas, fora o Alison e o Bruno, que representam esse projeto. Uma equipe que trabalha duro. Se pudesse dividir em vários pedacinhos a medalha, dividiria com todos eles, com certeza. Esse apoio é fundamental para um atleta. Dá a segurança de poder realizar o melhor trabalho. Se hoje estamos aqui, é graças ao programa Bolsa Pódio, ao apoio da CBV, do COB. Esse é o caminho, esse é o futuro do esporte de alto rendimento", disse Alison.

O jogador explicou a ideia de encomendar uma réplica ainda antes da decisão, pela confiança que possuía na conquista e no trabalho desenvolvido com o grupo. 

"Foi uma ideia que repeti de Londres-2012, quando Emanuel e eu fizemos uma réplica para a Letícia Pessoa, minha treinadora naquele período. Muitas pessoas são importantes, mas ele (Brachola) é o principal. Ele revelou o Alison, o Bruno, acreditou em nossa dupla. Nós estamos aqui por ele. Pedi antes da semifinal, deu até uma pressão maior para ganhar. Imagina se não vencêssemos? Mas deu tudo certo, estamos felizes", completou Mamute.

Leandro Andreão, que trabalhou com ícones do vôlei de praia nos anos 90, como Loiola e Fábio Luiz, comentou sobre a conquista do ouro e o trabalho desenvolvido por CBV e COB. O capixaba foi eleito ‘Técnico do Ano’ em 2015, no Prêmio Brasil Olímpico, quando foi Campeão Mundial.

"Ter uma equipe forte, pensando no objetivo olímpico, foi muito importante. E esse apoio do COB e da CBV foi fundamental. Tivemos a chance de trabalhar na intensidade correta, sem problemas de lesão, acompanhamento de fisiologistas, bioquímicos. Sabíamos se os treinos entre os jogos poderiam ser mais intenso ou não. Profissionais com experiência em Jogos Olímpicos. Isso fez diferença no resultado que tivemos", destacou o capixaba.


Bruno Schmidt, eleito melhor jogador do mundo em 2015, também comentou sobre uma quebra de paradigma. A possibilidade de jogadores de estatura mediana serem grandes atletas e representarem o país atuando em alto nível.

"As pessoas que se importavam comigo nunca deixaram que eu ‘empacasse’ nisso. Meu técnico é uma dessas pessoas, sempre me ajudou a superar a barreira física o tempo todo. Isso sempre me ajudou. Algo legal que vejo é que essa necessidade de ser um atleta muito alto está se acabando. Fico feliz ao ver uma nova geração de atletas habilidosos, e que não são gigantes. Jogando de igual para igual com todos. Eu me encantei pelo vôlei de praia exatamente por isso", analisou Bruno Schmidt.

Apontado antes dos Jogos como ‘certeza’ de medalha para o país, o vôlei de praia não decepcionou. Com a prata de Ágatha e Bárbara Seixas, conquistada na última quinta, o Brasil possui agora 13 medalhas no esporte na história do maior torneio esportivo do mundo. É o país com mais medalhas. São três ouros, sete de prata e três de bronze.

A campanha dos brasileiros contou com seis vitórias e uma derrota, ainda na primeira fase. Apenas quatro sets perdidos. Eliminaram nas oitavas de final o time da Espanha, ex-campeão europeu, nas quartas de final a dupla norte-americana, com o campeão olímpico Dalhausser, e na semifinal, os ex-campeões mundiais da Holanda.

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